Caminha pela rua deserta, perdida, sem rumo. Apenas o vento, ousado,
interfere, sussurrando uma melodia impercetível.
Uma ténue chuva pulveriza os
cabelos soltos que esvoaçam na noite. Lágrimas desprendem-se de uns olhos
frios, humedecidos, rolando pelo rosto, preciosas gotas de orvalho.
No horizonte, uma luz vermelha. De repente, um clarão irrompe no céu
azul, adensando o misticismo da noite.
A chuva intensifica-se. Joana cai,
inerte, na terra molhada, ferida de amor.
Cai o pano. Aplausos, emoção. Luzes.
Joana Marmelo, 50
anos, Cáceres, Espanha
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