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Mensagens

A mostrar mensagens de outubro, 2015

Noemi Alonso Hidalgo - desafio 1

Uma noite o meu irmão estava na sala brincando com uma vizinha. (Eu não deveria dizer, mas ela era a típica garota repelente). O resto da família estava a jantar na cozinha. De repente nós ouvimos um grito e vimos o meu irmão aparecer com o rosto branco e um helicóptero de brinquedo nas mãos e nas lâminas uma mecha de cabelos emaranhados. Os meus pais, em vez de ver se ele estava bem, desatam à gargalhada. Noemí Alonso Hidalgo, 20 anos, Salamanca Mais textos aqui: entremusasinmarcesibles.blogspot.com ESCRITIVA nº 1  – um momento de riso !

Lucía Ruiz - desafio 1

Há uns anos fui com a minha amiga Marta numa excursão ao monte. Íamos fazendo disparates, e perdemo-nos pelo bosque. Depois de meia hora andando sem rumo, chegamos a um riacho e a Marta decidiu cruzá-lo. O problema foi que ela é um pouco desajeitada, e meteu-se   sem querer num lodaçal. Enquanto ela se afundava e gritava, eu estava no chão rindo como uma louca. Quando parei de rir e fui ajudá-la, o lodo chegava-lhe pelos joelhos. Lucía Ruiz, 18 anos, Torrelavega ESCRITIVA nº 1  – um momento de riso !

Lucas Krywicki - desafio 1

O meu bisavô faleceu dormindo aos 96 anos, feliz. Eu só tinha 12 anos mas tinha a sua sabedoria alegre em alta estima. Quando o padre começou a cantar a marcha fúnebre com a sua voz de cabra doente (estou a pesar as palavras), eu fiz o que teria feito o meu bisavô. Eu ri até não poder mais. Foi um riso explosivo, espontâneo, mas sobretudo foi contagiante. O enterro do meu bisavô foi à sua imagem. Lucas Krywicki, 20 anos, Liège, Bélgica ESCRITIVA nº 1  – um momento de riso !

Laura Herrero Román - desafio 1

São as festas da cidade e vamos algumas primas à Casa do Terror. Ao princípio os monstros não dão medo, mas de repente, aparece um louco com uma motosserra e persegue-nos pelo corredor. Corremos rapidamente. A prima Auxi prende a sua sapatilha numa greta do chão. Nós chamamo-la muito nervosas: Auxi, a sapatilha! Tentamos ajudá-la, mas a sapatilha continua presa. O louco está perto. Ouvimos um sussurro: Aaauuxiii, a sapatiiiilhaaa! É o louco! E todos começamos rir. Laura Herrero Román, 29 anos, Salamanca Mais textos aqui: http://www.ilikebluestars.blogspot.com ESCRITIVA nº 1  – um momento de riso !

Alda Gonçalves - desafio 1

No barco Rabelo Rir a bandeiras despregadas, parecia uma metáfora, não fora toda a história se ter passado num barco. Dentro de um rabelo no rio Douro, com as bandeiras ao vento e muita animação a bordo. Depois de um passeio pelo centro histórico, o grupo entrou no barco para o passeio tradicional e um lanche ligeiro. Da comitiva fazia parte uma criança. Quando pretendem servir a criança, esta responde: – Já lanchei. Vim comer quando cheguei, não estava ninguém. Gargalhada geral! Alda Gonçalves , 48 anos, Porto Publicado em:    macadejunho-mafaldinha.blogspot.pt/ ESCRITIVA nº 1  – um momento de riso !

Constantino Mendes Alves - desafio 1

Reuníamos aos sábados, os três. Às vezes, com conversas sérias pelo meio, almoçávamos. Ligava-nos mais que as conversas e que os almoços. Eramos parecidos, aliás tínhamos o mesmo apelido. Sorríamos uns para os outros, de cada vez. Sabíamos que eramos mais que amigos, talvez. Mas naquele sábado, de um sol contagiante, pai, filho e filha, cá fora, depois das conversas dos almoços, num triângulo inebriante, ríamos, ríamos, de olhos nos olhos, à gargalhada. Ficámos família. Para sempre. Constantino Mendes Alves , 57 anos, Leiria ESCRITIVA nº 1  – um momento de riso !

Roseane Ferreira - desafio 1

Porque rir é preciso!  Como é bom rir! Rir de doer a barriga, de perder o ar, de chorar de rir... De sentar, por as mãos na cabeça e não conseguir parar... Rir a valer de ver o sol amarelar, rir do riso de quem se ama, Rir que é bom, rir do amor, de amar... Rir até quase as calças molharem... E rolar literalmente no chão, e as pernas por para o ar, e rir, gargalhar, E amar de rir... Roseane Ferreira , Macapá, Amapá, Extremo Norte do Brasil ESCRITIVA nº 1  – um momento de riso !

Elisabeth Oliveira Janeiro - desafio 1

Férias… mas nem tanto Direcção Sul. Destino: férias. No habitáculo do carro, o ralhete costumeiro: Quietos! Canseira... Praia: os do norte colados aos do sul, sem espaço para os do centro. Jantar: Ó Augusto, as costeletas estão queimadas!! Transtorno... O Augusto não tem culpa. As turistas do lado distraíram-no com perguntas, ora. Matreirice... Acabado o veraneio, chegada a casa. Conchego... A mãe, estafada, para a vizinha que vive a vida alheia: – Sabe, Dona Clotilde, estamos a precisar de férias!... Ahahaha!!! Ahahahaha!!! Elisabeth Oliveira Janeiro , 71 anos, Lisboa ESCRITIVA nº 1  – um momento de riso !

Isabel Lopo - desafio 1

Desde pequeno sonhava ser palhaço. Ia com o Pai ao circo e ria até mais não poder! Um dia partiu. Apenas um bilhete: «Vou ser palhaço». O desgosto foi enorme, mas os anos foram passando e poucas notícias tiveram dele. A filha casou, vieram os netos. Arranjou coragem e levou-os ao circo. E deu consigo a rir, contagiado pelas gargalhadas deles. Quando o palhaço foi falar às crianças, bastou-lhe um olhar para reconhecer o seu próprio filho... Isabel Lopo ,69 anos, Alentejo ESCRITIVA nº 1  – um momento de riso !

Emília Simões - desafio 1

Está uma tarde outonal enfadonha. As folhas caem e uma nuvem ameaça chuva. Hoje ainda não sorri e estou sem imaginação. Já tentei escrever a história e nem uma palavra sai. Resolvo ir ao cabeleireiro para ficar mais bem-disposta, mas antes preparo um chá e uma torrada e lá vou eu. Cabelo pronto regresso. Já próximo de casa uma chuvada súbita apanha-me desprevenida e fico toda encharcada. E o cabelo? Melhor esquecer e rir, rir, rir muito. Emília Simões , 64 anos, Mem-Martins (Algueirão) ESCRITIVA nº 1  – um momento de riso !

Isabel Lopo - desafio 1

Vida dura a de palhaço! Mas as contas ao fim do mês não perdoavam. Criar os irmãos, cuidar de uma Mãe doente obrigavam-no a isso. Nunca esquecera aquela noite em que as estrelas se apagaram e a escuridão invadira a sua alma. A Mãe, a morrer, entregue aos irmãos para ele trabalhar. Arrancara a máscara deixando fugir as lágrimas. As palmas e as gargalhadas encheram a noite. Então, juntou-se ao público, rindo e chorando até se esgotar. Isabel Lopo , 69 anos, Alentejo ESCRITIVA nº 1  – um momento de riso !

Amélia Meireles - desafio 1

Estava decidida a provar-lhe. Aquela senhora, gorda e anafada, parecia não gostar dela. Todas as vezes que comprava flores fazia questão de mostrar a sua antipatia. Não fosse pelas orquídeas e calhar em caminho, deixava de lá ir. Daquela vez, levaria João consigo, para ele acreditar no que lhe contava. – Viste os modos dela? A arrogância? E isto não foi nada! Se a conhecesses como a conheço… Velha rezingona! Imbecil! – Conheço-a melhor que tu! É minha mãe! Amélia Meireles , 62 anos, Ponta Delgada ESCRITIVA nº 1  – um momento de riso !

Catarina Azevedo Rodrigues - desafio 1

Sofia, a devoradora de livros A minha filha faz uma utilização muito peculiar das palavras. Um dia falávamos sobre livros e eu perguntei-lhe se alguma vez tinha lido algum da Maria Teresa Maia Gonzalez. – Ainda não, mas já ouvi dizer muito bem. – Hás de pedir um livro emprestado à tua prima, ela tem muitos dela. – É verdade, a Sofia come os livros todos dessa autora. Ela adora! Tive de lhe explicar que nem sempre é boa ideia usar sinónimos em certas expressões. Catarina Azevedo Rodrigues , 42 anos, Venda do Pinheiro ESCRITIVA nº 1  – um momento de riso !

Cristina Bastardo - desafio 1

Graças ao furo 7h30 da manhã um furo no pneu e Valença aqui tão perto para iniciar o Caminho de Santiago. Maravilha o SOS está mesmo a sorrir para nós à espera da chamada. O sol começa a subir e cria um holofote de luz à nossa volta. Lindas minúsculas flores sorriem e oferecem-se. Já com os ramos nas mãos olhámo-nos e a rir percebemos que graças a um furo quem passa na sua pressa matinal ri. Cristina Bastardo , 55 anos, Viana do Castelo ESCRITIVA nº 1  – um momento de riso !

Rosa Alves - desafio 1

Rir com prazer Há muito que não ria com alegria, daquela que vem dentro de nós como uma enxurrada boa, a alagar todo o ser de felicidade. Já se habituara de novo à morte de seu riso. E ali sentada na plateia, no meio de toda a outra gente, contentíssima só de o ver e ouvir, apenas sorria. Ele falou e contou uma estória gira, que a fez rir com prazer até quase as lágrimas saltarem a brilhar de felicidade. Rosa Maria Pocinho dos Santos Alves , 51 anos, Coimbra ESCRITIVA nº 1  – um momento de riso !

Ana Paula Oliveira - desafio 1

Passaram uns anos mas esquecer é impossível. Viagem a Paris, com alunos. Dos professores, apenas Ana fala francês. Grupo sentado no restaurante, ocupando uma longa mesa. Ana está numa ponta, Ilda na outra. Ilda chama Ana e o desastre acontece: – Ana, como se diz pedras em francês? – Pierres. De braço levantado, Ilda pede convictamente: – Garçon, eau de pierres! Ana explode a rir. Hilariante a cara de espanto do “garçon” perante tal pedido e tal ataque de riso. Ana Paula Oliveira , 55 anos, S. João da Madeira ESCRITIVA nº 1  – um momento de riso !

Theo De Bakkere - desafio 1

As minhas férias começam tradicionalmente com um delicioso porto vintage à avenida da liberdade. Uma vez aconteceu-me o seguinte: Sentado numa esplanada, alguém bateu-me no ombro, olhei para trás mas observei ninguém. Claro, o patife encontrava-se no meu ombro oposto e tinha furtado despercebidamente o cálice com porto, esvaziou-o num só guloso trago, e foi-se embora. A acção  era tão hilariante que os clientes na esplanada rebentavam a rir. Mesmo eu, a vítima desse capricho, devia rir. Theo De Bakkere , 63 anos, Antuérpia, Bélgica Mais textos aqui: http://blog.seniorennet.be/lisboa/ ESCRITIVA nº 1  – um momento de riso !

Maria José Castro - desafio 1

A Chica Chica – engenheira experiente apanhada pelo desemprego – aventurou-se no ensino, munida de escassa pedagogia mas muita boa vontade. Numa reunião, para descobrir o aluno que riscara faltas no livro de ponto, a colega assegurou: – Na minha aula não foi! Eu, que já ouvira a colega garantir que nos seus testes os alunos não copiavam já que fazia 30 diferentes, perguntei-lhe como podia garantir. Com uma gargalhada respondeu: – É fácil! Dou a aula com o livro debaixo do braço! Maria José Castro , 55 anos, Azeitão ESCRITIVA nº 1  – um momento de riso !

Rosélia Palminha - Desafio 1

Aconteceu Um bombeiro meu conhecido vinha dum serviço hospitalar em noite cerrada e chuvosa. Deparou-se-lhe um grave acidente. Na escuridão apenas ais e gemidos. Foi socorrer.  Um sinistrado gritava: Ai, a minha perna! Ai, a minha rica perninha! Pediu que a procurassem.  Nas urgências, o bombeiro seguindo a maca transportou a perna do desditoso, debaixo do braço, para entregar ao doutor. Situação emotiva. Mas o bombeiro explicou: A perna era de pau, partiram-se só os parafusos! Gargalhada geral.    Rosélia Palminha , 67 anos, Pinhal Novo ESCRITIVA nº 1  – um momento de riso !

Mª Angeles Izquierdo - desafio 1

Eu e a minha tia esperávamos o elevador. Silenciosa, chegou outra idosa de bengala na mão. Eu disse, “bom dia”. Ela calada. Entrámos.  “Para que andar vai a senhora?”, perguntei. Calada. “A senhora vai talvez para o segundo andar?” Ela calada. Então apertei o botão do quarto andar. Finalmente, de ar zangado, a idosa da bengala na mão disse:  “É claro que vou para o quarto andar. Há gente maluca por aí!!” Eu?? Surpreendida, desatei-me a rir. Mª Angeles Izquierdo , 58 anos, Salamanca, Espanha ESCRITIVA nº 1  – um momento de riso !

Quita Miguel - desafio 1

Gargalhada fácil O meu pai, ao contrário de mim, tem, o que chamo, uma gargalhada fácil. Durante anos, fomos frequentadores assíduos da revista. O riso fluía fácil e num dos quadros, o meu pai soltou a primeira gargalhada, depois outra… foi incapaz de parar. Os atores, atónitos, imobilizaram-se no palco, fixando-o com o olhar. Ele, sentindo-se o alvo de todas as atenções, optou por uma solução extrema: enfiou o lenço na boca e a gargalhada transferiu-se para o tablado. Quita Miguel , 55 anos, Cascais Leiam outros textos aqui:   http://quitamiguel.blogspot.pt/ ESCRITIVA nº 1  – um momento de riso !

Margarida Fonseca Santos - desafio 1

Meio da tarde. Eu e mais três pessoas saímos na estação do Alto dos Moinhos. Começámos a subir as escadas. A senhora mais velha, tropeçou e caiu de forma aparatosa. Mobilizámo-nos para a ajudar, mas… A adolescente escondia a vontade de rir com o cabelo, eu trincava as bochechas, o senhor engravatado disfarçava o sorriso. A certa altura, a senhora desmanchou-se a rir, já nada nos faria parar, afogada em lágrimas de gargalhada: – Que raio de queda! Margarida Fonseca Santos , 54 anos, Lisboa ESCRITIVA nº 1  – um momento de riso !

Desafio nº 1 - Um momento de riso!

De certeza que já ouviu a frase “rir é o melhor remédio”, mas se calhar nunca pensou realmente nos “poderes” do riso. É isso que eu lhe peço hoje, que se ria, que pense numa situação que lhe provocou um riso absolutamente contagiante, incontrolável, saudável, ou que se inspire simplesmente na fotografia das esculturas do artista chinês Yue e que conte, em 77 palavras, um desses momentos. Deixo-vos aqui um desses meus momentos de rir até a barriga doer! Pousamos as mochilas, pedimos para nos tirarem uma fotografia e senti uma sombra. Virei-me, gritei, sacudi os chinelos dos pés, arranquei a máquina das mãos do fotógrafo e corri, corri até ouvir a sirene da polícia. Explico o sucedido, levam-nos para a esquadra e ali, sem esperança, abraço-me ao único que sobrara: a máquina fotográfica. Ligo-a e desato a rir, a rir até chorar, até os polícias se juntarem a mim: o ladrão fora fotografado em flagrante! Paula Cristina Pessanha Isidoro, 34 anos, Salamanca ESCRITIVA nº 1 – um