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Mensagens

A mostrar mensagens de setembro, 2017

Margarida Fonseca Santos - desafio 24

Era uma vez uma menina muito pobre, esperta, honrada e saudável. Carregava um feixe de lenha. De repente… Aparecem os três anõezinhos da floresta, Bi, Rebi e Ciribi (não tenho espaço para escrever como eram, azar). Dão-lhe a escolher ser como é ou rica e nobre. Zás, ela aceita, casa com um príncipe, e fica burra e doente. No meio da aflição, chama pelos anõezinhos, que a deixam esperta, honrada e saudável. Estado novo no seu melhor! Margarida Fonseca Santos , 56 anos, Lisboa Escritiva nº 24  - mini histórias da infância

Matilde Venâncio - desafio 24

A Cigarra e a Formiga O Verão emprestou-lhe bons pensamentos, e ela abraçou-os. Lembrou-se de momentos calmos e exaltou-se com momentos prazerosos. Sentiu-se alegre – já não era um ponto suspenso numa folha morta. Não encontrou a fome que carregava, nem questionou a nova Cigarra que surgia. Permitiu-se ficar, quieta. Fixou o olhar na Formiga, fez com que lhe trouxesse migalhas. Transformou-se num insecto forte, mais autoritário, tão mais possível. E reencontrou-se em cada música que cantou e que não lançou às ervas. Matilde Venâncio , 50 anos, Funchal Escritiva nº 24  - mini histórias da infância

Martim Mendes - desafio 24

Roubo e recuperação da ervilha Um ladrão roubou uma ervilha mágica do museu. Esta ervilha era especial, porque tinha promovido um casamento real. Os guardas ficaram muitos chocados e assustados. Poderiam ser expulsos! Felizmente, na ervilha, havia um microchip, que permitia ser detetado pelos instrumentos da polícia. Para o príncipe não s aber, o diretor do museu, apressadamente, dirigiu-se à esquadra mais próxima. A deteção foi rápida.  O castigo do larápio consistiu em proceder à limpeza do museu, de dia e de noite. Martim Mendes , 14 anos, Lisboa  Escritiva nº 24  - mini histórias da infância

Susana Santos - desafio 24

Gepetto, o carpinteiro, construiu uma linda boneca de madeira, baptizando-a de Susana. Uma fada deu-lhe vida, responsabilizando o Grilo Falante como sua consciência oficial. Se apresentasse comportamentos condignos, tornar-se-ia uma criança como as demais. Mas a missão do Grilo foi espinhosa... Susana mentia muito e, quando o fazia, as orelhas batiam; preferia travessuras em detrimento da escola. Todavia, com amor, tudo se resolveu. A fada converteu Susana numa menina verdadeira. Gepetto ganhou a filha que tanto desejara. Susana Sofia Miranda Santos , 38 anos, Porto Escritiva nº 24  - mini histórias da infância

Amélia Meireles - desafio 24

Era uma vez uma carochinha a quem tinha saído o totoloto. Rica, mas desamparada, colocou anúncio no facebook. Teve muitos likes, mas ninguém se apaixonou. A foto não revelava a riqueza que possuía. Desesperada, pôs-se à janela, gritando que era rica. João, amigo de boa comida, apareceu! Até se apaixonaram de verdade, ainda que houvesse algumas dúvidas. Naquele, João mais amigo da comida que do dinheiro, deixou-se ficar no restaurante, esquecendo-se da sua amada no altar. Amélia Meireles , 64 anos, Ponta Delgada Escritiva nº 24  - mini histórias da infância

Ana Beatriz - desafio 24

Rita imaginava-se igualzinha às bonecas que desenhava. ― Serei diferente? Olhou-se, pôs laços na cabeça, maquilhou-se e perfumou-se. ― Talvez eu arranje um namorado! Sentou-se numa esplanada, um rapaz pediu-lhe um beijo. Ficou corada de raiva e o rapaz atarantado. No shopping, um dos rapazes ofereceu-lhe iguarias. Estava de dieta! Desanimada, voltou para casa. Nas férias, passou a ler histórias. Alegrava o seu coração e daqueles que a ouviam. João apaixonou-se. Passaram a contar histórias e namoraram durante muitos anos.  Ana Beatriz , 39 anos, Lisboa Escritiva nº 24  - mini histórias da infância

Paula Castanheira - desafio 24

Ela saltitava entre os dias, com leveza, ele arrastava-se pesadamente, carregando o desejo de ser pai! Patrícia tinha um espírito rebelde, por diversas vezes chegava a casa, aninhava-se-lhe no colo segredando – vais ser papá – e Joaquim acreditava e abraçava-a feliz, depois ela desmontava sem misericórdia, a sua mentirinha e ria, ria… Um dia, porém, a mentira foi verdade, o teste dera positivo. Correu para casa e quando lhe deu a notícia, ele saiu e nunca mais voltou! Paula Castanheira , 53 anos, Massamá Escritiva nº 24  - mini histórias da infância

Elisabeth Oliveira Janeiro - desafio 24

Na Tristeza e na Alegria Andava o burro Malhado, triste, macambúzio...o dono achou-o de nenhuma serventia e pô-lo fora. Estrada além, encontrou o cão Ladino, o gato Façanhudo, o galo Falsete, o papagaio Tartamudo. Em concílio, uniram os destinos. Colhidos pela noite, vislumbraram uma cabana alumiada. Aproximaram-se. À mesa, larápios dividiam o ouro roubado. Então, no escuro, papagaio papagueou, cão ladrou, gato miou, galo cantarolou, burro zurrou e os ladrões, assustados, deram à soleta. Heróis! Novos donos, mas amigos para sempre. Elisabeth Oliveira Janeiro , 73 anos, Lisboa Escritiva nº 24  - mini histórias da infância

Theo De Bakkere - desafio 24

O lobo e Capuchinho Vermelho O lobo malvado, que acabou a devorar de uma vez a avozinha da Capuchinho Vermelho, esperava deitado na cama pela menina, sua sobremesa. Quando a rapariga ingénua chegou, não apercebia que estava na cama um lobo mascarado. No entanto, os grandes olhos famintos e a boca babosa assustaram-na e no momento que perguntou porque tinha ela dentes tão grande, o lobo atacou-a para devorar. Felizmente o guarda-florestal andava nas paragens e pôde salvá-la das garras do antropófago. Theo De Bakkere , 65 anos, Antuérpia Bélgica Escritiva nº 24  - mini histórias da infância

Domingos Correia - desafio 24

O pobre corcunda Um pobre corcunda fez uma viagem. De noite, subiu a um carvalho. Por baixo, vieram pernoitar uns ladrões, cantarolando: segunda, terça, quarta, quinta, sexta! O corcunda repetiu a cantilena… os ladrões mandaram-no descer, deram-lhe muito dinheiro, tiraram-lhe a corcunda. Depois, contou tudo ao seu irmão rico que, ganancioso, o quis imitar. Vieram os ladrões cantando a mesma lengalenga… Julgando-se esperto, acrescentou à cantarolice… sábado e domingo também… Os ladrões olharam-no, esmurraram-no e puseram-lhe a corcunda do irmão. Domingos Correia , 59 anos, Amarante ​ Escritiva nº 24  - mini histórias da infância

Lourença Oliveira - desafio 24

João vivia nas nuvens a sonhar e trocou a vaca pela magia do feijão. Sua mãe praguejou, mas o feijão semeou. O pé de feijão cresceu sem parar. O rapaz a árvore quis trepar e um castelo no topo apareceu. Escondido, o João viu: um gigante a roncar, uma galinha de ouro e a harpa a tocar. João, com a harpa e a galinha, fugiu. Assim, o sonho encheu de fartura a vida da família do João. Lourença Oliveira , 45 anos, S. João do Estoril Escritiva nº 24  - mini histórias da infância

Catarina Azevedo Rodrigues - desafio 24

Cinderela do séc. XXI A miúda vivia com uma madrasta bera e duas irmãs invejosas. Era tão maltratada que nem tinha um iPhone. Alguém criou um evento no Face, ela procurou as calças mais rasgadas e foi. Conheceu um tipo e trocou SMS com ele a noite toda, mas quando ficou sem bateria pôs-se na alheta. Esqueceu-se dos fones e foi o pretexto ideal para se encontrarem novamente. Namoraram, casaram e postaram uma selfie. Todos fizeram like... todos, menos as irmãs. Catarina Azevedo Rodrigues , 44 anos, Venda do Pinheiro Escritiva nº 24  - mini histórias da infância

Carla Silva - desafio 24

Monstro!? Ná… Era uma vez um monstro mal-humorado que vivia num castelo encantado. Era encantado porque o monstro era egoistíssimo! Numa aldeia vivia uma rapariga linda que fugia dum homem idiota. Um dia ela mudou-se para o castelo, não interessa porquê! Mudou-se. Pronto! Convivendo com o monstro, percebeu que havia pessoas mais monstruosas que ele e apaixonou-se. Quando a fada, ou bruxa, que o enfeitiçara, percebeu que ela o amava verdadeiramente, quebrou o feitiço e eles viveram felizes eternamente. Carla Silva , 43 anos, Barbacena, Elvas Escritiva nº 24  - mini histórias da infância

Alda Gonçalves - desafio 24

O alfaiate valente Num certo dia o alfaiatezinho alegre deparou-se com sua merenda repleta de moscas. Pegou no espanador, matou sete duma vez. Orgulhoso da façanha, escreveu numa tira de tecido: "mato sete duma vez". A fama voou longe, chegando aos ouvidos do rei, logo este o incumbiu de tarefas impossíveis a troco da mão de sua filha. Em todas, com astúcia e habilidade, levou a melhor. A esperteza do alfaiate levou-o a tornar-se rei para o resto da vida. Alda Gonçalves , 49 anos, Porto Escritiva nº 24  - mini histórias da infância

Quita Miguel - desafio 24

Mentira Tão grande era o desejo de Gepeto de ser pai, que um dos seus bonecos de madeira ganhou vida. Ora, se era gente, tinha de estudar, pensou o velho e mandou Pinóquio para a escola. Pelo caminho Pinóquio ganhou dinheiro, que depressa lhe foi roubado. Ao vê-lo a chorar, uma fada quis ajudá-lo, mas ele mentiu e o seu nariz denunciou-o crescendo. Como seria bom que crescesse o nariz a todos sempre que faltam com a verdade. Quita Miguel , 57 anos, Cascais Escritiva nº 24  - mini histórias da infância

Maria do Céu Ferreira - desafio 24

O Coelhinho Branco Era uma vez um coelho, De pêlo branco, branquinho, Foi à horta buscar couves Para fazer o caldinho. Ao bater na sua porta, Berrou-lhe a cabra malvada Que se fechara lá dentro… E o Coelhinho chorava… Encontrou a formiguinha, Cansada de trabalhar Que logo o reconfortou, Prometendo ajudar. Bateram ambos então… ― Eu sou a Cabra Cabrês  Vou aí faço-te em três… ― E eu, a Formiga Rabiga, Se entro aí, furo-te a barriga. A cabrita apavorada Desabriu atordoada. Maria do Céu Ferreira , 62 anos, Amarante Escritiva nº 24  - mini histórias da infância

Helena Pereira - desafio 24

A Lebre e a Tartaruga nos nossos dias... Estavam a Lebre e a Tartaruga a jogar no telemóvel… Amiga tartaruga queres fazer running comigo? Vamos até ao final da Baía e voltamos, quem ganhar publica a foto no Facebook. Boa Lebre, comecemos… A meio da prova a Lebre que levava algum avanço diverte-se a tirar selfies… A Tartaruga que agora fazia trail, lá passou despercebidamente pela baía e regressou. Quando a Lebre chegou já a Tartaruga festejava nas redes sociais e já contava  77 likes !!! Helena Pereira , 44 anos, Seixal Escritiva nº 24  - mini histórias da infância

EB Galveias 3º/4º B - desafio 24

O Pedro e o lobo O Pedro era um menino mentiroso e adorava pregar partidas. Ele disse que o lobo o estava a atacar mas era mentira. Disse isto durante vários dias. Os amigos tentaram sempre ajudá-lo. Mas descobriram que era tudo uma grande mentira. Certo dia, o lobo atacou-o mesmo, mas os amigos não acreditaram e não o socorreram. A sorte é que o avô estava perto e salvou-o. O Pedro prometeu que nunca mais mentia. Mentir é muito, muito feio!!! EB Galveias, 3º/4º B , professora Carmo Silva Escritiva nº 24  - mini histórias da infância

Carlos Alberto Silva - desafio 24

O desatino de Vermelhusca Vermelhusca foi levar uma bucha à avó enferma. Ignorando as advertências da mãe, deambulou pela mata. Apareceu-lhe um lobo de falinhas mansas e ajustaram uma corrida. Em três tempos, o bicho alcançou a casa da velha. Atemorizada, a senhora encafuou-se no guarda-fatos. Com artes de transformista, o carnívoro aninhou-se na cama dela. Ao chegar, Vermelhusca desatinou com aqueles preparos: era tudo em grande, sobretudo os dentes... Acudiram uns lenhadores, que escorraçaram a fera, salvando avó e neta. Carlos Alberto Silva , 59 anos, Leiria Escritiva nº 24  - mini histórias da infância

Eurídice Rocha - desafio 24

CHUMPETA-CHUMPATA. João menino, tinha encontrado saca cheia de maçãs (experimentou supremo ímpeto pela propriedade privada), mas… polícia declarou-se dono do saco. João fugia do polícia, advogado ajudava João:  -  enlouquece-o, quando pedir maçãs responde CHUMPETA-CHUMPATA .  João a tudo respondia CHUMPETA-CHUMPATA. Polícia com medo de contágio, fugiu. Advogado pediu que João pagasse o conselho:  – Maçãs… uma para ti, dez para mim, uma para ti, vinte para …  João retorquiu: -  Alto lá,…   CHUMPETA-CHUMPATA, CHUMPETA-CHUMPATA,  … advogado desmaiou! Amigos e João comeram fraternalmente maçãs.  Eurídice Rocha , 51 anos, Coimbra Escritiva nº 24  - mini histórias da infância

Ana Paula Oliveira - desafio 24

Era uma vez uma velha. E era uma vez um lobo esfaimado. A velha saiu da sua cabana para ir ao batizado dos netinhos. O lobo saiu-lhe ao caminho para a degustar. Mas ela estava magrinha, ele só teria ossos para trincar. E deixou-a partir. Na festa iria engordar, o banquete poderia esperar. Na hora do regresso, o lobo esperava-a. Escondida numa cabaça, a velha respondeu-lhe: ― Não vi velha, nem velhão! Corre, corre, cabacinha, corre, corre, cabação! Ana Paula Oliveira , 57 anos, S. João da Madeira, Escritiva nº 24  - mini histórias da infância

Natalina Marques - desafio 24

Quem quer casar com a Carochinha, que é rica e bonitinha? ― Quero eu... ― respondeu vaidoso, com mania que era dono da capoeira. ― Não te quero, não gostas de trabalhar. Novamente perguntou, outro disse que sim, ao que ela respondeu... ― Não me serves, gastas muito dinheiro. Chegou-se então à janela, antes de perguntar, um jovem se aproximou, trocara tudo o que tinha pelo amor da Carochinha. Nesse momento acordei e sem saber fiquei se foram felizes, para sempre. Natalina Marques , 58 anos, Palmela Escritiva nº 24  - mini histórias da infância

Desafio nº 24 - Mini histórias de infância

Quando eu era pequenina, ou melhor, desde que sou pequenina que demoro, em média, uns 2 minutos a adormecer. Ora isto para uns pais que incentivam a leitura é algo frustrante, porque nunca passavam da 2ª página dos contos. Vendo que eu nunca chegava ao final das histórias e que pedia sempre (mas mesmo sempre) para começarem a história desde o princípio, a minha mãe adotou uma estratégia: contar tudo no menor tempo possível, conseguindo assim que eu ouvisse tudinho antes mesmo de fechar a pestana.  Como podem imaginar, só anos mais tarde percebi a quantidade de pormenores que havia em cada uma das histórias, mas no essencial a capuchinho salvava-se, a tartaruga ganhava a corrida e Cinderela acabava com o príncipe. Pois bem, peguem numa história da vossa infância e contem-na em nada mais, nada menos do que 77 palavras.  Eu escolhi esta: Era uma vez 3 ursos, uma casinha, um bosque e uma menina armada em espertinha. Andavam todos a passear, quando a menina se pôs a bisbilho