Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de maio, 2017

Margarida Fonseca Santos - desafio 20

― Leve esta porcaria de volta ao escocês do seu patrão! Escocês?! Pois, é que Richard Drew andava a tentar inventar qualquer coisa que permitisse pintar carros a duas cores ― era uma modernice difícil de executar! Punha cola em fitas. As primeiras tentativas não foram bem-sucedidas, pois esse primeiro cliente rejeitou a encomenda com aquela frase. Mas a fábrica aproveitou o «escocês», e a primeira fita-cola chamou-se Scotch (e pouparam de certeza muito em criativos para arranjar nomes…). Margarida Fonseca Santos , 56 anos, Lisboa Escritiva nº 20   – acidentes da ciencia

Susana Santos - desafio 20

Robert Chesebrough, enquanto procurava petróleo na Pensilvânia, deparou-se com uma peculiar cera amarela, que encravava as máquinas escavadoras. O químico levou essa substância para o seu laboratório, em Nova Iorque, isolando-a do petróleo. Após inúmeros estudos, descobriu que a vaselina era extremamente eficaz para cicatrizar cortes e arranhões, entre outras utilizações. Chesebrough acreditava tão piamente nos benefícios da vaselina que ingeriu diariamente uma colher até à sua morte! Graças ao ouro negro, o "ouro amarelo" fora descoberto. Susana Sofia Miranda Santos , 38 anos, Porto Escritiva nº 20   – acidentes da ciencia

Quita Miguel - desafio 20

Jantar – Sei lá! – respondeu Eugénia ao marido. Ele encolheu os ombros e deixou-a com o mau feitio. Sabia o quanto a mulher estava tensa, já que seria a primeira vez que iria cozinhar para a sogra. Decidiu-se por coelho. Colocou-o a estufar e foi regando-o com todo o cuidado, mas uma mão fugiu-lhe e o extrato de carne caiu por inteiro dentro do tacho. Foi isso que a salvou, dando ao tempero um segredo que ela nunca revelou. Quita Miguel , 57 anos, Cascais Escritiva nº 20   – acidentes da ciencia

Domingos Correia - desafio 20

Supercola Harry Coover queria criar um plástico especial para as miras das armas dos soldados. Mas o novo plástico era demasiado pegajoso. Arreliado, distraiu-se, e sentou-se na mesa onde fazia a experiência. Subitamente, cai-lhe a fixa: era o dia do seu casamento!!! Porém, ao tentar levantar-se, não conseguiu porque encontrava-se irreversivelmente colado ao novo produto. Estava descoberta a supercola! E o casamento? Desenvencilhou-se das calças e, imaginem… apareceu em cuecas na igreja perante o espanto geral dos convidados! Domingos Correia , 59 anos, Amarante Escritiva nº 20   – acidentes da ciencia

Carla Silva - desafio 20

As letras ― Sei lá que fazes para o jantar! ― respondeu Guttenberg ― Nunca sabes! Bem que podias inventar algo que prestasse, em vez dessa coisa que deixa a roupa toda suja. ― Vou tentar amor! ― Podes começar por algo útil, como estender a massa para a empada. ― Está bem, dá cá. Mas Guttenberg deixa cair a massa na sua invenção, que, com o peso, começa a trabalhar e do outro lado saem letras de massa, sujas é certo, mas letras comestíveis.  Carla Silva , 43 anos, Barbacena, Elvas Escritiva nº 20   – acidentes da ciencia

Sandra Évora - desafio 20

Na malga de vidro transparente abandonada na secretária, reúnem-se comuns clipes prateados. Destinados sobretudo ao papel, não tinha sequer pensado na sua polivalência. Até ao dia em que o fecho das minhas calças, zangado com o seu botão, revoltou-se e renunciou à sua função. Num acesso de criatividade súbita, para encobrir o arejamento, descobri que afinal um clipe pode abraçar um botão e dar uma grande lição a um fecho. Afinal, como nós, um clipe pode reinventar-se! Sandra Évora , 44 anos, Sto. António dos Cavaleiros Escritiva nº 20   – acidentes da ciencia

Theo De Bakkere - desafio 20

Isaac Newton e o strudel de maçã Desde que uma maçã caiu na sua cabeça era um vaivém dos colegas sábios e Isaac... coitado! Devia constantemente agitar a macieira. Sua hospedeira não sabia com que santo se pegar com tantas maçãs caídas, por isso fazia para os visitantes do erudito “apfelstrudel”, o que apreciavam com apetite. Rapidamente correu a boato que um tal Newton inventara a lei de gravitação, mas ainda mais rápido que a gravitação própria corria pelo mundo a receita do apfelstrudel. Theo De Bakkere , 64 anos, Antuérpia, Bélgica Escritiva nº 20   – acidentes da ciencia

Theo De Bakkere - desafio 20

O moinho de café Ela segurou tremulamente a manivela do moinho e moeu com a força que ainda tinha os grãos de café. Não podia estar sem sua chávena diária de consolo. Embora o neto, e biscateiro fervente, inventasse especialmente para ela o moinho elétrico, usava-o apenas para lhe agradar quando estava de visita. Tinha uma aversão pela máquina desordeira. Já um tempo andava na lua e uma vez esqueceu-se de fechar a tampinha. Coitado! Grãos de café voavam no hemisfério. Theo De Bakkere , 64 anos, Antuérpia – Bélgica Escritiva nº 20   – acidentes da ciencia

Natalina Marques - desafio 20

― Sabes, avó, os portugueses, são muito inteligentes. ― Sim, porquê? ― Porque inventaram muitas coisas, a minha professora, disse que um português inventou a passarola, uma espécie de avião. Eu quando for grande, também quero inventar muitas coisas. Ó avó, sabes se o dinheiro foi inventado pelos portugueses? ― Acho que não, porquê? ― Porque o avô, tirou dinheiro de uma caixa grande, e depois disse: ― Isto, sim. Foi a melhor coisa que os portugueses inventaram, até aos dias de hoje. Natalina Marques , 58 anos, Palmela Escritiva nº 20   – acidentes da ciencia

Margarida Fonseca Santos - desafio 20

― Já te disse: não adianta estares a mentir-me! Quem é que partiu o meu porquinho mealheiro?! ― Já te disse que não fui eu. Só tenho culpa por lhe ter pegado, o resto é maçãs. ― Maçãs?! ― Sim, maçãs. O Isaac Newton descobriu isso quando lhe caiu uma maçã na cabeça, foi uma coisa assim. Chamou-lhe gravidade. Ou seja, quem partiu o porquinho estúpido foi a gravidade. ― Anda cá, safado, acho que ainda não percebeste a gravidade da coisa!!! Margarida Fonseca Santos , 56 anos, Lisboa Escritiva nº 20   – acidentes da ciencia

Desafio nº 20 - Acidentes da ciência

Muitos dos objetos que usamos hoje em dia são frutos de felizes coincidências, de acidentes com final feliz ou de puras distrações de génios, mentes brilhantes que mudaram para sempre a nossa vida. Por falar em Génios, já leram algum dos livros da coleção “Génios do Mundo” da Margarida Fonseca Santos e da Rita Vilela? Se não leram deviam fazê-lo JÁ! Quer dizer, esperem só mais um bocadinho e leiam o que eu tenho para vos propor: pensem numa dessas coisas do quotidiano que nos facilitam a vida, procurem a sua origem e reescrevam a sua história com humor à mistura. Aqui fica o meu exemplo: Passava mais tempo a segurar as calças do que a esquiar. Todos lhe diziam que devia usar suspensórios ou então o fato completo, mas nem uma coisa nem a outra lhe agradavam. Num desses dias de ski pelos Alpes, depois de uma aparatosa queda, viu como as espigas de setaria se colavam ao corpo. Enquanto se riam dele, George correu para o laboratório e só saiu quando conseguiu reproduzir o