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Mensagens

A mostrar mensagens de junho, 2017

Susana Santos - desafio 21

Por motivos profissionais, emigrei para França há vários anos. Ontem, ocorreu uma situação caricata na drogaria vizinha. Devido a doença, o dono da loja ausentou-se de funções, solicitando ao primo português de férias que o substituísse. Quando cheguei ao estabelecimento solicitei "acheter un aimant", ou seja, comprar um íman. Contudo, o empregado, traduzindo à letra, afirmou escandalizado que naquele espaço não "achatavam amantes", apenas comercializavam os produtos expostos. As barreiras linguísticas geram situações divertidas se formos espirituosos. Susana Sofia Miranda Santos , 38 anos, Porto Escritiva nº 21  ― falsos amigos (palavras com vários significados)

Alda - desafio 21

Adorava fazer caixinha com as amigas. E um dia a tia, sempre bem humorada, ofereceu-lhe uma caixinha linda em madeira, decorada com a técnica decoupage. Aproveitou para guardar nela a carta que recebera do outro lado do mundo, que lhe trazia uma verdadeira história de encantar, que nem nos livros, encontramos. Nessa noite, ao serão, jogou a carta trunfo e ganhou pela primeira vez aos irmãos. Confortada pelo jogo, abriu o livro e contou-lhes do seu divórcio. Alda , 49 anos, Porto Carta (escrita/jogar) Caixinha (guardar segredo/objeto ) Livro(com folhas/vida) Escritiva nº 21  ― falsos amigos (palavras com vários significados)

Carla Silva - desafio 21

Vai ser bonito A mudança para Madrid impunha um novo vocabulário. Embora as vizinhas ajudassem como podiam, ainda tinha muito que aprender. Como comprovei esta manhã quando procurava o marco do correio. Tentando colocar a carta no correio, segui à risca as instruções da vizinha Carmen, mas dei com uma loja de molduras ! E não ficou por aqui! Não imaginam a risada quando disse que tinha polvo para o jantar. Parece que por aqui polvo é pó ! Não está fácil! Carla Silva , 43 anos, Barbacena, Elvas Escritiva nº 21  ― falsos amigos (palavras com vários significados)

Amélia Meireles - desafio 21

O rosto denunciava a aflição que ninguém adivinhava. A amiga preocupada questiona se está bem. A resposta pouco esclarece e apenas confunde mais. Estava bem, sim, mas precisava de ir à casinha. A casa de quem queria ela ir? Numa excursão, em regra, visitam-se monumentos e não casinhas…   A insistência para clarificar potenciou o desatino da amiga. Qual é o teu problema, preciso de ir à casinha! Rápido ou urino-me toda! Percebi, casinha é quarto de banho! Amélia Meireles ,   64 anos, Ponta Delgada Escritiva nº 21  ― falsos amigos (palavras com vários significados)

Ana Paula Oliveira - desafio 21

O meu marido sempre foi duro de ouvido, quer para cantar, quer para línguas estrangeiras. Fomos de férias para o sul de Espanha e passámos uma noite num hotel, em Sevilha, onde jantámos. Na hora de pagar, disse-lhe a rececionista: ― Tu tienes una cena… ― Cena???? Não houve cena nenhuma. A minha mulher deitou-se e dormiu toda a noite… ― Como asi??? De longe, apercebi-me da atrapalhação de ambos. Às gargalhadas, gritei-lhe: ― O jantar de ontem! É para pagar! Ana Paula Oliveira , 56 anos, S. João da Madeira Escritiva nº 21  ― falsos amigos (palavras com vários significados)

Theo De Bakkere - desafio 21

Uma conversa mal-entendida ― Desculpe-me, procuro a quinta das pegas, queria comprar uma dessas pegas formosas para o meu filho. ― Ai, Senhor, não sou daqui. Talvez saiba mais o homem sentado no burro ao lado daquela velha pega. ― Desculpa-me, não noto, nem pega nem burro. ― Não vê o homem e a mulher no banco? ― Ah sim! ― Então, com certeza saberão onde se vendem pegas domesticadas que sabem falar. ― Mas não procuro um cavalo falante, mas uma pega, um cavalo de duas cores. Theo De Bakkere , 65 anos, Antuérpia, Bélgica Escritiva nº 21  ― falsos amigos (palavras com vários significados)

Natalina Marques - desafio 21

Não comes? Dói-me a mó (dente). Pois, está encravada, esta semana não tens farinha para a fornada. Hoje não posso regueirar (regar) não sei da enchada, a manga (mangueira) está cobrada (partida). Vais, ó Ti Manel, a buscar outra, depois faço a paga com pão. A enchada está ao cabo (fundo) da meroça (pedaço de terreno). O Zé? Está mal, bateu com a canela (perna) numa fraga (pedra) Sim, e porque não puseste no arroz doce? Esqueci-me. Natalina Marques , 58 anos, Palmela Escritiva nº 21  ― falsos amigos (palavras com vários significados)

Margarida Fonseca Santos - desafio 21

― Ai, que engraçada! ― disse, para dar a entender que era uma fã da chefe. ― Qué dices?! ― Desculpe, desculpe, estava a comentar que gosto muito dessa sua blusa, linda de morrer! Credo, que até fiquei embaraçada… ― Embaraçada?! Tú?! Foi despedida duas horas depois. Sem perceber porquê, veio choramingar para casa, onde o namorado, espanhol, não parou de rir. Mais tarde, aflita e acompanhada do tradutor doméstico que quis ir consigo, recuperou o emprego, mas não do verdadeiro embaraço! Margarida Fonseca Santos , 56 anos, Lisboa Escritiva nº 21  ― falsos amigos (palavras com vários significados)

Desafio nº 21 - Falsos amigos (palavras com vários significados)

Desafio Escritiva nº 21 Em espanhol e em português há muitas palavras traiçoeiras que me passam rasteiras com alguma frequência. Por exemplo, cola . Ora em espanhol é fila, ou seta, um tipo de cogumelo, ou vaga, que em espanhol é preguiçosa. Isto que me acontece com estas duas línguas, ocorre também com muitas outras, por isso, acho que estes “falsos amigos” merecem, ser “denunciados”. Aqui fica a minha "queixa": Andava há horas à procura da seta amarela que me indicaria o caminho certo, quando me encontrei com um senhor simpático que me garantiu saber onde poderia encontrar “setas”. Eu, que queria apenas uma, pensei que melhor “setas” a mais do que a menos. E lá fui atrás dele. Não, não descobri o albergue de peregrinos, mas comi um belo prato de “setas”, que eu conhecia apenas como cogumelos, acompanhado de um belo “vaso” de vinho tinto! Paula Cristina Pessanha Isidoro, 36 anos, Salamanca Escritiva nº 21   ― falsos amigos (palavras com vários significados)