As
minhas sapatilhas
Escolhi
eu, pequenita,
As
sapatilhas da vida…
Lindas,
fofas, atraentes,
Faziam
mesmo corrida!
E
gostava tanto delas,
Atribuía-lhes
condão,
Olhava-as,
remirava-as,
Com
enlevo e paixão!
Levezinhas
e bonitas,
Como
uma pena no ar,
Tinham
vida para mim
E
deixavam-me voar!
Mas,
tanto uso tiveram,
Desgastadas,
com efeito,
Que o
destino era o lixo,
Quando
reparei direito:
«Oh,
mãe, não me faça isso,
Não
pode fazer assim,
Não as
pode pôr no lixo
Porque
ELAS CORREM POR MIM!...»
Maria
do Céu Ferreira, 60 anos, Amarante
Escritiva nº 4 – homenagem às sapatilhas
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