Lembro-me da
primeira vez que o vi. Estava na Veracruz, ajudava um grupo de Jesuítas que
acolhiam migrantes. Estava a preparar comida quando alguém gritou: “Estão aqui”.
Deixei o que estava a fazer, batimento rápido do coração. Corri pelas vias,
então entendi porque se chamava a Besta, o imponente ferro fazia o seu caminho
sem se importar com nada, no entanto as pessoas tinham fé de chegar depois do
rio Bravo, era o que restava para eles.
Camila Martínez, 19 anos, Cidade do México, prof Paula Pessanha
Isidoro
Escritiva nº 5 – homenagem às sapatilhas
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