Tua partida
Incrédula, olhei o comboio ao longe. Restava-me
esperar o próximo
Uns metros acima estavas tu, encolheste os ombros
– Parece-me que o perdemos – disseste sorrindo.
– Pois... – dei por resposta
Voltámos a encontrar-nos no bar e convidaste-me para
um café enquanto esperávamos.
Dias depois percebi que te procurava por entre as
pessoas da estação. Aqueles minutos diários tornaram-se especiais.
Mas um dia apanhaste outro comboio deixando-me sozinha
na estação. Essa estação onde te conheci e agora te via partir.
Carla Silva, 42 anos,
Barbacena, Elvas
Escritiva nº 5 – homenagem às sapatilhas
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