O regresso a
casa era sempre assim, quase adormecida pelo embalo da carruagem e de olhos
postos nas águas onde o Sol se despedia com promessa de voltar.
Naquele dia foi diferente. O coração disparou quando pousei os olhos num rosto desconhecido mas tão familiar. Seria ela? Seria aquela a mulher que me deixou com três dias de vida depois de me carregar no ventre? Enquanto decidia se a abordava, levantou-se e saiu.
Naquele dia foi diferente. O coração disparou quando pousei os olhos num rosto desconhecido mas tão familiar. Seria ela? Seria aquela a mulher que me deixou com três dias de vida depois de me carregar no ventre? Enquanto decidia se a abordava, levantou-se e saiu.
Nunca mais a
vi.
Catarina Azevedo Rodrigues, 43 anos,
Venda do Pinheiro
Escritiva nº 5 – homenagem às sapatilhas
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