Sapatilhas
de cinquentão
Aos
cinquenta, queria umas sapatilhas que o fossem sem o parecerem e que dessem
para tudo.
Encontrei-as,
finalmente!
Já
estão velhinhas, gastas, desbotadas, mas… são tão confortáveis que não consigo
largá-las. Eu sei que muitos me olham os pés, de soslaio… tecendo conjeturas…
Não quero saber. Com calçado novo ou velho, nunca gostei que me olhassem os
pés. Acho falta de delicadeza.
Por
isso… julguem-me, critiquem-me, se quiserem, mas amo-as tanto que não as
largarei por nada.
Domingos
Correia, 59 anos, Amarante
Escritiva nº 4 – homenagem às sapatilhas
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