E, o comboio
prosseguia…
De mala
e pasta na mão,
Com os livros
carregada,
Sempre a correr
para as aulas
Que o comboio
não esperava!
Uma senhora ao
vê-la
Tão
cansada e afogueada,
Com um gesto de
carinho,
O lugar ao lado
dava!
– Oh
menina, sente-se aqui...
Vai
estudar sempre apressada?
– Já não
estudo, vou dar aulas
E não posso ir
atrasada!
E, o comboio
apitava,
E toda a gente
prosseguia
E, o que diziam
os outros,
Nenhum de nós
saberia!
Maria do Céu Ferreira, 60 anos,
Amarante
Escritiva nº 5 – homenagem às sapatilhas
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