Linhas cruzadas
Pelas seis e meia da manhã, silvava o comboio ao
entrar na estação. Passageiros habituais, tanto os que vinham, como
os que entravam.
Os lugares pareciam reservados e assim se fizeram
amizades. Bem, no meu caso foi algo mais.
Nessas viagens diárias a caminho do emprego conheci o
meu marido.
Passamos a ver nos carris as linhas
paralelas que transformaram nossos destinos.
Hoje agradecemos na cumplicidade do nosso
olhar e no silêncio da ternura que nos une.
Rosélia Palminha, 68 anos,
Pinhal Novo
Escritiva nº 5 – homenagem às sapatilhas
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