Odeio despedidas. E despedidas de
histórias de amor são as que mais me apavoram.
Entrei no apartamento que até à
semana passada era o nosso ninho de amor.
Com uma lista
de anotações nas mãos, mal conseguia ler – livros na cabeceira, outros tantos
na estante. Pratos de porcelana, canetas e toalha de mesa bordada à mão.
Revistas,
documentos, passaporte, cartão de crédito, malas e mimos das viagens. Roupas,
chapéus, sapatos, chinelos e o buquê guardado no freezer.
Lia Noronha, 53
anos, Vila Velha, Brasil
Escritiva
nº 7 - Listas
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