Porque não?
Adorava fazer listas. De: livros a ler; prendas de Natal (mas ainda estamos
no Verão, dizia a irmã), flores da rua do tio; supermercado (deixava sempre em
casa); coisas a levar nas férias (nem sabes para onde vais, dizia a mãe);
capitais de África; rios da Ásia…
“Falta a lista do que vais fazer depois de morrer” diz a avó a rir. “Olha!
Boa ideia” – agarrou no caderninho, começou a escrever: “para não esquecer,
quando morrer vou…”
Marina Delgado, 51 anos,
Pucariça, Abrantes
Escritiva
nº 7 - Listas
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