Esfolava-se no bailarico a
Tininha, girando, volteando nos braços do Manel, naquela noite de marchas. De olho no santo e aquecida
pela fogueira em brasa, pergunta
secretamente:
– Santo António, Antoninho, serve este para meu maridinho?
Uma contradança e o Manel arranca uma cabeça de sardinha e vira um copo de tinto, aos pontapés nos balões da criançada, mas a Tininha,
embalada ainda no sonho, tira a sorte no manjerico.
Noiva? Só pró ano!, manda o santo traiçoeiro.
Deolinda, 43 anos,
Chaves
Escritiva
nº 9 - santos populares com palavras impostas
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