Avançar para o conteúdo principal

Roseane Ferreira - desafio 11


Amor impossível
No velho e amassado papel de pão, um pouco engordurado, escrito com tinta cheia de falhas, dizia assim: "Caso-me amanhã por um amor inexplicável e impossível, amo desde tantas outras vidas o filho da mulher que desposarei. Sei que será um amor impossível, pois que ele ama devotadamente sua esposa. Ainda assim ficarei perto, isso me consola."
Sentada na areia Ana divagava, por que alguém faria isso? Pelo simples prazer de contar?  Para desabafar com um desconhecido?
Roseane Ferreira, Estado do Amapá, Macapá, Extremo Norte do Brasil
Escritiva nº 11 – mensagens na garrafa

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Roseane Ferreira - desafio 14

Utopia – O que eu quero? Quero rua sem desassossego, Poder andar a esmo, sem medo, Eu quero, eu desejo. Tranquilidade, estudar, ter liberdade. – Um sonho? Eu sonho sim, dormir sem acordar ouvindo barulhos de tiros, balas sem fim... E saber que a escola não vai fechar por medo, insegurança, ou por mais um irmãozinho que se foi de bala perdida, ou coisas assim... – Um presente de Natal? Poder viver, ter tempo de crescer, ter paz, simples assim. Paz.  Roseane Ferreira, Estado do Amapá, Macapá, Extremo Norte do Brasil Escritiva nº 14   – direitos da criança

Glória Vilbro - desafio 30

Será amanhã promulgada a nova Lei do Trabalho. Conforme estipulado em reunião entre patrões e sindicatos, os trabalhadores terão direito a ordenados justos, correspondentes à sua produtividade. Estarão asseguradas a progressão nas carreiras, a actualização salarial e um vinculo laboral cessante em caso de manifesta vontade do funcionário, ou justa causa do empregador. Testes vocacionais e formação continua estão incluídos nesta lei. Não haverá discriminação de idade (até à reforma) ou de género, para admissão de trabalhadores. Glória Vilbro , 50 anos, Negrais, Almargem do Bispo - Sintra Escritiva nº 30  - notícia boa

Elisabeth Oliveira Janeiro - desafio 26

Talvez Sim ou Nem por Isso Dois irmãos, dois amigos, da mesma forma criados. Mas diferentes como duas gotas de chuva. Raulzinho, o estouvado, sempre inquieto, sem se saber como, pulverizava o pecúlio em dois tempos. Sempre enredado em teias de arame farpado, nenhum cêntimo lhe resistia. A família, preocupada, e já desconfiada, achava estranho o comportamento tão diferente do irmão, aprumado, discreto, estudioso. Veio a saber-se. Vida de amarguras com fulguritos enganadores devido ao jogo. Salvou-o o Amor. Da mãe. Até quando? Elisabeth Oliveira Janeiro , 73 anos, Lisboa Escritiva nº 26  – mistérios da natureza humana