Bong, tac-tac,
bong-bong-bong, tac, yeeeeeeeng, bong!
Que nervos!!! Mas não
podiam ter partido a casa de banho ao mesmo que parti a minha, não? Tinham de
esperar que enlouquecesse, cheia de pó, incapaz de trabalhar com o barulho dos
meus pedreiros?! Hã?!
Bong, yeeeeeeeng, yeeeeeeeng, tac-tac, bong-bong-bong, yeeeeeeeng,
yeeeeeeeng, bong!
Abro a porta,
decidida a desfazer os pedreiros e a vizinha. Encontro-a:
― Ai, desculpe, tanto
barulho… Podíamos ter combinado, não era?
Voltei para dentro,
resignada. Bolas!
Margarida Fonseca Santos, 56 anos, Lisboa
Escritiva
nº 18 ― onomatopeias na história
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