Chegou na véspera de Natal. Quis
voltar à casa dos Avós, agora vazia. Percorreu as divisões cheias de memórias,
mas foi na cozinha que reviveu todos os cheiros das consoadas: os perfumes dos
molhos, os aromas dos doces caramelizados, o pão quente mal saído do forno...
Fechou os
olhos, deixando-se envolver naquele ambiente mágico...
Quando o
acordaram, saiu reconfortado pois soube que aquele Natal seria diferente.
Apesar das saudades, levava consigo todos os cheiros gravados no coração.
Isabel Lopo, 71 anos, Lisboa
Escritiva
nº 27 – cheiros
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