Que cena. Situação: cheia de pressa, já não
conseguiria ir de autocarro. Fui até ao carro, irritada. Chegou-se então uma
vizinha metediça:
― Vai de carro?
― Sim… ― Já imaginava a desgraça.
― Para cima?
Eu queria ir para cima, mas, para me livrar dela,
disse:
― Não, vou para baixo.
― Excelente! ― Abriu a porta e refastelou-se. ― Eu vou
para baixo, pode deixar-me no supermercado. Vamos!
Conclusão, fui para baixo, inversão de marcha, filas
intermináveis de carros, enfim, atraso impossível de recuperar.
Margarida
Fonseca Santos, 57 anos, Lisboa
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