Avançar para o conteúdo principal

Natalina Marques - desafio 31

Durava há um mês aquele namoro que não andava nem desandava.
Todos os dias tinha uma desculpa esfarrapada para chegar atrasado.
Mas, naquele dia, seria diferente, prometeu que vinha a horas de ir ao cinema, mas ela não acreditou.
― Outra vez atrasado! Qual é a desculpa desta vez? Fizeste horas extras, ou tiveste de levar o cão à rua?
― Não... enganei-me no autocarro!!
― Pois agora dá meia volta e apanha o mesmo, antes que voltes a enganar-te.
Natalina Marques, 59 anos, Palmela

Escritiva n º 31 ― erros nos transportes

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Roseane Ferreira - desafio 14

Utopia – O que eu quero? Quero rua sem desassossego, Poder andar a esmo, sem medo, Eu quero, eu desejo. Tranquilidade, estudar, ter liberdade. – Um sonho? Eu sonho sim, dormir sem acordar ouvindo barulhos de tiros, balas sem fim... E saber que a escola não vai fechar por medo, insegurança, ou por mais um irmãozinho que se foi de bala perdida, ou coisas assim... – Um presente de Natal? Poder viver, ter tempo de crescer, ter paz, simples assim. Paz.  Roseane Ferreira, Estado do Amapá, Macapá, Extremo Norte do Brasil Escritiva nº 14   – direitos da criança

Glória Vilbro - desafio 30

Será amanhã promulgada a nova Lei do Trabalho. Conforme estipulado em reunião entre patrões e sindicatos, os trabalhadores terão direito a ordenados justos, correspondentes à sua produtividade. Estarão asseguradas a progressão nas carreiras, a actualização salarial e um vinculo laboral cessante em caso de manifesta vontade do funcionário, ou justa causa do empregador. Testes vocacionais e formação continua estão incluídos nesta lei. Não haverá discriminação de idade (até à reforma) ou de género, para admissão de trabalhadores. Glória Vilbro , 50 anos, Negrais, Almargem do Bispo - Sintra Escritiva nº 30  - notícia boa

Elisabeth Oliveira Janeiro - desafio 26

Talvez Sim ou Nem por Isso Dois irmãos, dois amigos, da mesma forma criados. Mas diferentes como duas gotas de chuva. Raulzinho, o estouvado, sempre inquieto, sem se saber como, pulverizava o pecúlio em dois tempos. Sempre enredado em teias de arame farpado, nenhum cêntimo lhe resistia. A família, preocupada, e já desconfiada, achava estranho o comportamento tão diferente do irmão, aprumado, discreto, estudioso. Veio a saber-se. Vida de amarguras com fulguritos enganadores devido ao jogo. Salvou-o o Amor. Da mãe. Até quando? Elisabeth Oliveira Janeiro , 73 anos, Lisboa Escritiva nº 26  – mistérios da natureza humana