Avançar para o conteúdo principal

Domingos Correia - desafio 32


Zola
Zola seguia pelo mediterrânio numa barca superlotada, fugindo da morte. Subitamente, a barca vira-se. Ouvem-se gritos, chamamentos…
Zola, subitamente, sente-se um gnu atravessando o grande rio, fugindo às implacáveis bocarras dos crocodilos.
E como gnu, debate-se, querendo atravessar… 
… entretanto, cessam os gritos e chamamentos. Mas Zola continua lutando, debatendo-se…
Finalmente, parecendo milagre, alcança terra firme.
À sua espera, um rosto amigo debruça-se e abre-se num largo sorriso.
Como gnu, Zola deu dois pinotes e abraçou a vida...
Domingos Correia, 60 anos, Amarante
Escritiva n º 32 ― um GNU na história

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Maria Silvéria dos Mártires - desafio 25

Disparo o meu apito Um RISO autêntico sincero é tão bonito. Digo-te quando caminho e o chão PISO Até parece que sinto um PESO Meu coração vos ama, a tudo fica PRESO E sem distinção do branco, do amarelo ao PRETO Queria vos servir delicioso arroz no PRATO Mas não consigo matar o PATO E nem sequer o pequenino PITO E quando peço para o fazerem por mim Fico doente. Uma tristeza sem fim Apodera-se de mim e dispara meu APITO. Maria Silvéria dos Mártires , 70 anos, Lisboa Escritiva nº 25  - palavras em sequência de mudança

Rosélia Bezerra - desafio 3

Inverno na alma Não há  chuva,  entretanto, sutilmente, há frio intenso no clima, na alma do ser que se espreme pelo silêncio, pelo  vento  cortante da saudade... Ah! quanto  amor  desperdiçado invade o  azul  do céu da alma sofrida! Fica tudo  vermelho  dentro da que /muito amou de tanta tristeza contida, de amargor imenso pelo desprezo dos que mais teve afeto nesta vida... Vai à  rua  cotidianamente, caminha sem pressa, está só e, em seu isolamento, fica pensando, divagando solitariamente...   Rosélia Bezerra , 61 anos, Rio de Janeiro, Brasil Escritiva nº 3   – texto com:  chuva ,  vento ,  amor ,  azul,  vermelho  e  rua

Manuela Branco - desafio 18

Ping... Ping..., e a chuva que não vupt, já! O Vvvv... Vvvvv nos pinheiros faz lembrar o mar, e o chap, chap nos riachos onde pulo, confunde-se com o coachar dos sapos que saltam comigo. Brrrr, e o Verão que não vem! Tlim, tlão, anuncia a hora de voltar. Toc-toc pela ladeira, amanhã volto para ouvir o mar. Ai, ai, mar que nunca vi, mas quando aqui venho o bum bum no peito, diz que estou lá! Manuela Branco , 60 anos, Alverca Escritiva nº 18  ― onomatopeias na história