Catarina saiu do arquipélago, não aguentava aquela multidão junta
ao casario sempre a quadrilhar. Era dada às artes, mas por muito que
gostasse de dança, aquilo era demasiado. Preferia a pintura e queria trabalhar,
se possível, expor numa galeria.
Pesquisou o jornal diário na biblioteca e candidatou-se a uma
vaga. Teria que passar pelo crivo de um júri, mas tinha de arriscar. O
sonho assim lho ditava. Foi aceite. Os seus sentidos entraram todos numa
grande sinfonia.
Filomena Galvão, 57 anos, Corroios
Escritiva
n º 33 ― 7 nomes coletivos
Comentários
Enviar um comentário