Agosto, mês do
verão por excelência e, para mim, das conversas nas escadas com as vizinhas.
Sou de aldeia e é assim que se combate o calor: uma conversa à sombra. Talvez
por isso é que eu gosto tanto deste quadro de José Malhoa.
Vamos lá? Aqui vos
deixo o meu exemplo:
Sabia que tinha nas mãos uma grande
responsabilidade, mas tinha tantos sonhos na cabeça que parecia que a agulha os
ia cosendo a eles, uns aos outros. Estava agradecida à tia por tê-la recebido
sem fazer perguntas e no fundo, as primas, não eram más pessoas, gostavam da
vida alheia, era só isso. Será que tinham visto o beijo da véspera? Será que
suspeitavam da traição?
― Ai! Piquei-me!
― Ó rapariga, isso é castigo... por não
estares concentrada.
Paula
Cristina Pessanha Isidoro, 37 anos, Salamanca
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