O Homem Era Setembro entardecendo. Chovia ; havia vento . Seguia viagem, mas parou junto do lixo azul , na rua : roupa espalhada pelo chão. Esperava encontrar alguma para os pobres. Do nada um homem interpela-a (olhou para onde toda a gente desvia o olhar; sensibilizou-a); responde-lhe às suas perguntas, alheada da perplexidade a invadir-lhe a mente. Oferece-lhe roupa em sua casa. Aceita. Segue no carro vermelho . Recolhe a roupa dada. Despedem-se. Ele com um gesto de amor – na dádiva, no “olhar”. Isabel Pinto , Setúbal Escritiva nº 3 – texto com: chuva , vento , amor , azul, vermelho e rua