Está uma tarde outonal enfadonha. As folhas caem e uma
nuvem ameaça chuva. Hoje ainda não sorri e estou sem imaginação. Já tentei
escrever a história e nem uma palavra sai. Resolvo ir ao cabeleireiro para
ficar mais bem-disposta, mas antes preparo um chá e uma torrada e lá vou eu.
Cabelo pronto regresso. Já próximo de casa uma chuvada súbita apanha-me
desprevenida e fico toda encharcada. E o cabelo? Melhor esquecer e rir, rir,
rir muito.
Utopia – O que eu quero? Quero rua sem desassossego, Poder andar a esmo, sem medo, Eu quero, eu desejo. Tranquilidade, estudar, ter liberdade. – Um sonho? Eu sonho sim, dormir sem acordar ouvindo barulhos de tiros, balas sem fim... E saber que a escola não vai fechar por medo, insegurança, ou por mais um irmãozinho que se foi de bala perdida, ou coisas assim... – Um presente de Natal? Poder viver, ter tempo de crescer, ter paz, simples assim. Paz. Roseane Ferreira, Estado do Amapá, Macapá, Extremo Norte do Brasil Escritiva nº 14 – direitos da criança
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