Desde pequeno sonhava ser palhaço. Ia com o Pai ao
circo e ria até mais não poder! Um dia partiu. Apenas um bilhete: «Vou ser
palhaço». O desgosto foi enorme, mas os anos foram passando e poucas notícias
tiveram dele. A filha casou, vieram os netos. Arranjou coragem e levou-os ao
circo. E deu consigo a rir, contagiado pelas gargalhadas deles. Quando o
palhaço foi falar às crianças, bastou-lhe um olhar para reconhecer o seu
próprio filho...
Utopia – O que eu quero? Quero rua sem desassossego, Poder andar a esmo, sem medo, Eu quero, eu desejo. Tranquilidade, estudar, ter liberdade. – Um sonho? Eu sonho sim, dormir sem acordar ouvindo barulhos de tiros, balas sem fim... E saber que a escola não vai fechar por medo, insegurança, ou por mais um irmãozinho que se foi de bala perdida, ou coisas assim... – Um presente de Natal? Poder viver, ter tempo de crescer, ter paz, simples assim. Paz. Roseane Ferreira, Estado do Amapá, Macapá, Extremo Norte do Brasil Escritiva nº 14 – direitos da criança
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