Sabia, sempre soube que a mentira fazia parte do seu modo de
estar. Já não era uma questão de tolerar, mas de sentir-se constantemente
enganada. Naquele dia, iria por um ponto final naquela situação.
― Desculpa o atraso, mas fui lanchar com minha sobrinha. Está
cá, chegou hoje do Porto. ― Até era capaz de acreditar se hoje fosse dia de voo
e, sendo tu, filho de pais sem irmãos, como tens uma sobrinha? Acabou! Janta
com a sobrinha!
Amélia Meireles, 63 anos, Ponta Delgada
Escritiva
nº 17 – desculpas criativas
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