Era o aniversário de casamento.
Os filhos na casa dos avós, calhava bem.
Fiz-lhe o prato preferido, pus na mesa velas, uma jarra para
as flores,
que receberia.
Prolongou-se a hora da chegada.
As velas apagaram-se, dando lugar à escuridão que ocultava as
lágrimas da desconfiança.
― Ó!! Querida desculpa... Mas... Sabes, encontrei o João, não
nos víamos desde o liceu, distraí-me com as horas, lembras-te dele?
― Lembro, lembro-me tão bem, que esta noite vais dormir no
sofá.
Natalina Marques, 57 anos, Palmela
Escritiva
nº 17 – desculpas criativas
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