― Diz lá, não te ralho…
― Ralhas,
ralhas, dizes sempre isso e depois ralhas.
Cruzei os
braços, mas ele tinha razão ― iria ralhar-lhe de qualquer forma. Em apenas duas
horas, os meus dois filhos haviam partido o candeeiro da sala.
― Não ralho se a
desculpa for criativa.
― Tentei fazer
um mortal do sofá para o chão, mas falhei… o mortal… Acertei no candeeiro.
Sorri, que
grande desculpa!
Só depois de não
ralhar percebi que dissera a verdade.
Margarida Fonseca Santos, 56 anos,
Lisboa
Escritiva
nº 17 – desculpas criativas
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