O teu dono nunca repôs a letra que perdeste.
Foste posta de parte, esquecida num canto, porque agora há um novo
teclado.
Mas nunca vou esquecer as cartas de amor que em ti escrevi.
Cartas que li, e reli, para que no coração ficasse gravada a mensagem de
uma jovem apaixonada.
Hoje, olho para ti, lembro com saudade os segredos que te
revelava e as tuas teclas escreviam, mas não as enviava, com medo que fossem pirosas.
Natalina
Marques, 58 anos, Palmela
Escritiva
nº 19 - vidas passadas de objetos
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