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Adereço bonito!
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Fi-lo, usando uma ágata e um botão da minha avó, herdado por uma filha que o
guardou junto de outros. Poderiam dar jeito... Nunca o reutilizou.
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Lindo! ― comentei. A tia ofereceu-mo. Eis a história.
A
história dela! Não conta que éramos três, num casaco da avó. Perdeu-se um. A
filha herdou dois, um sumiu-se. Restei eu que ela “recuperou”. Preso à ágata,
tenho saudades da liberdade de poder entrar e sair livremente da minha casa.
Regina Gouveia, 71
anos, Porto
Escritiva
nº 19 - vidas passadas de objetos
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