A varanda
Ao avistar a varanda outrora florida, agora coberta por uma trepadeira,
recordou as conversas ali mantidas com a avó, e uma lágrima deslizou pelo
rosto.
Após um período conturbado, regressara na esperança de sarar feridas, de
encontrar alguma da tranquilidade perdida.
Mas tudo mudara, até o seu porto de abrigo. Apenas a avó continuava igual a
si mesma. Como tal, envolvera-a num abraço apertado enquanto lhe sussurrava:
― Tem fé. Nada dura para sempre. Nem mesmo a dor.
Carla Silva, 44 anos, Barbacena, Elvas
Escritiva
nº 35 – varanda florida
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